segunda-feira, 22 de junho de 2009

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CONVITE

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Perequeté - ECOESCOLA

ABC do ecocidadão

Sugestões de atividades - Educação Ambiental

Sugestões de atividades - Educação Ambiental

Apresentação PPS

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Desenhos e ecocidadania

Convite - Dia 25/06/2009

EcoFeira na Perequeté
Feira para apresentação dos trabalhos dos alunos sobre ecocidadania e preservação ambiental.
Horário: Matutino - 7:30 às 11:00 h Vespertino - 13:30 às 17:00 h

Ecocidadania e Educação Política

Ecocidadania e Educação Política
Por Adelson da Costa Fernando*
Muitas são as dúvidas suscitadas em torno da contribuição que a educação pode efetivamente favorecer no processo de construção da cidadania e da democracia, para o desenvolvimento regional e para o melhoramento da qualidade de vida. Na medida em que assumimos a prática da cidadania como educação política revela-se a sua dimensão eminentemente política, principalmente quando a olhamos dentro de uma perspectiva que relaciona educação, cidadania e democracia. Muitos têm defendido que só teremos autenticamente cidadãos a partir do momento em que espaços políticos e sociais forem conquistados, quando for realmente possível entender que não se faz “para o povo” e sim “com o povo”. Na verdade, a cidadania é sempre uma relação social e só é válida se for exercitada, e é indispensável aprender a ser cidadão para poder praticá-la. Este status tem causado certos desconfortos porque vivemos numa sociedade que desmerece os valores morais, sociais e cívicos. A educação para a cidadania significa a motivação e sensibilização das pessoas para potencializar as diversas formas de participação e possibilidades de dinamização da sociedade; ela busca a materialização de uma sociabilidade fundada na educação para a participação. Uma sociedade que qualitativamente garante a todos os seus membros o acesso aos bens materiais, simbólicos e políticos, assegura a seus integrantes a condição da cidadania. Precisamos compreender que cidadão é aquele que efetivamente tem acesso aos bens materiais necessários para a sustentação de sua existência social.Obviamente, onde prevalece populismo, demagogia, corrupção e autoritarismo, há sempre a impossibilidade da atuação do cidadão. Só somos plenamente humanos se efetivamente somos cidadãos, quando temos acesso concreto aos bens que constituem os resultados das efetivas mediações de nossa existência (o trabalho, a simbolização subjetiva e as relações políticas); tais mediações são lugares da humanização, da personalização, como também o lugar privilegiado da desumanização. Assim, não tem, pois, sentido falarmos de humanização, de humanismo, de liberdade, se a cidadania não estiver lastreando a vida real dos seres humanos. Não podemos jamais esquecer que liberdade, igualdade e comunidade são componentes que constituem qualquer projeto de cidadania, pois a humanização não é um atributo que qualifica o homem só pelo fato de pertencer à espécie humana, mas porque, acima de tudo, é uma construção histórica. Quando participamos de uma comunidade, de um grupo social, não somos meros facilitadores, de certa forma temos que assumir os pretextos, os infortúnios e a história de vida da população; precisamos estimular a conscientização da comunidade dentro do contexto real na qual está inserida. Enquanto cientistas que somos, precisamos valorizar a produção do conhecimento científico no sentido de nortear nossas ações, ajudar no estabelecimento de objetivos sociais e resultar subsídios para uma inserção efetiva na comunidade. A educação só pode contribuir para a instauração da cidadania e da democracia e para o desenvolvimento social se seu investimento focalizar a dimensão construtiva das mediações do trabalho, das formas de sociabilidade e da cultura simbólica. Considerando que a eco-cidadania se refere, sobretudo, ao compromisso concreto do indivíduo em participar efetivamente como agente promotor e realizador de benefícios ao meio-ambiente, é que toda educação precisa promover uma consistente democratização entre a instituição de ensino e o pesquisador com a comunidade local, possibilitando a elaboração de saberes voltados para o contexto regional e da própria complexidade da realidade social. Na formação da consciência ambiental é preciso privilegiar a efetiva participação da comunidade nas discussões em estudo, uma vez que a abordagem da educação ambiental necessariamente interliga universidade e comunidade, promovendo concomitantemente o desenvolvimento de conhecimentos, de atitudes e de competências indispensáveis em vista da preservação e melhoria da qualidade do meio ambiente e da vida planetária.

Cidadania e Ecocidadania

Cidadania e Ecocidadania
Arthur Soffiati
Durante cerca de sete milhões anos, a humanidade, com todas as espécies que a compõem e até o momento conhecidas, viveu em grupos nômades de caçadores, pescadores e coletores em equilíbrio com a natureza, da qual se sentiam parte inseparável. Não havia desigualdades nem injustiças sociais. Esses indivíduos eram cidadãos, mas desconheciam este conceito e não precisavam se intitular como tal.
O advento das cidades, em torno de 3.200 anos A.C., ensejou a constituição de sociedades estruturadas em classes hierarquizadas. Nasceram, assim, as desigualdades e as injustiças sociais. Os pobres tornaram-se inferiores e escravos, servindo aos poderosos.
Na cidade grega de Atenas, no século V A.C., houve a primeira experiência de democracia e de cidadania. No entanto, cidadãos eram apenas os homens adultos nascidos em Atenas. Mulheres, estrangeiros e escravos estavam excluídos. No Império Romano, os homens livres de todas as etnias tornaram-se cidadãos no século III D.C. Toynbee informa que "... No curso de séculos, o processo de concessão de direitos continuou, e após a promulgação do decreto do Imperador Caracala, a Constitutio Antoniniana, no A.D. 212, pouco foram os povos do mundo helênico a oeste da fronteira oriental do império romano da época que não tiveram cidadania romana nas condições mais favoráveis possíveis." Mesmo assim, mulheres e escravos - que representavam a grande maioria - estavam excluídos.
Durante a Europa medieval, a sociedade de ordens distinguia clero, nobreza e servos, sendo que estes últimos sustentavam com seu trabalho as outras duas classes. Com o Estado Absolutista, entre os séculos XV e XVIII, havia o rei, o clero e a nobreza, de um lado, e os súditos, de outro, obrigados a pagar impostos e com reduzidos direitos.
A idéia de cidadania começou a se esboçar com o pensamento liberal dos séculos XVII e XVIII, consolidada com as Revoluções Inglesa e Francesa. Escreveu-se muito sobre o contrato social, pelo qual os seres humanos criavam a sociedade civil e o governo. A natureza não-humana estava excluída e continuava presa de guerra dos humanos.
Lentamente, então, os direitos dos cidadãos avançaram. Primeiro, houve a conquista dos direitos civis. Durante todo o século XIX, a conquista dos direitos políticos e, no século XX, a conquista dos direitos sociais. Estes, agora, começam a ser subtraídos da população pelo chamado Estado neoliberal.
A crise ambiental da atualidade, a primeira crise ao mesmo tempo planetária e antrópica, coloca-nos no limiar de uma nova era. Não mais podemos pensar em cidadania como um direito restrito aos seres humanos. Os problemas exigem da humanidade uma nova postura em relação a si mesma e à natureza não-humana. Esta postura pode ser chamada de ecocidadania.
Ser ecocidadão implica em: 1- Trabalhar para que todos os humanos tenham direitos civis, políticos e sociais. 2- Respeitar a individualidade, a diferença e a subjetividade do outro, seja ele quem for. 3- Batalhar para a construção da democracia, respeitando as diferenças culturais. 4- Respeitar a diversidade cultural dos povos, assegurando, juntamente com eles, o direito de manter e perpetuar sua cultura. 5- Propugnar por um contrato natural em que os ecossistemas e os seres vivos tenham direito à vida e à perpetuação de suas respectivas espécies, buscando o ser humano inserir-se no contexto ecossistêmico. 6- Restaurar e revitalizar os ecossistemas para recuperar o equilíbrio perdido. 7- Empenhar-se na busca de uma nova aliança que assegure a todos os seres vivos e aos ecossistemas integridade, dignidade e direitos intrínsecos. 8- Cultivar a espiritualidade, mesmo que ela não perpasse as confissões religiosas existentes.
Como a cidadania clássica não foi alcançada ainda nos países do Mundo Sul, estando ameaçada inclusive nos países do Mundo Norte, a grande tarefa com a qual nos defrontamos é promover a ecocidadania, pois ela inclui a cidadania tradicional, conferindo-lhe uma nova feição.
Fonte: Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes, 21 de Novembro de 2004

Convite

Dia 08/06/2009 - Palestra sobre Agricultura e Preservação ambiental. Participem!
E. M. Perequeté - Itahum-MS
Horário: 14:00h